sexta-feira, 22 de julho de 2011

O tempo leva consigo muitas coisas e novos ventos vem, com pensamentos e sentimentos renovados.  Mas, por mais que sejamos diferentes ao passar desse tempo, a nossa essência não se esquiva de rememorar; talvez não seja com a mesma intensidade de outrora... Mas não há tecla de deletar o pretérito, sempre fica um pouco do que fomos, no momento presente. Isso é a nossa lição de vida.
Às vezes precisamos decidir se apenas viramos ou rasgamos de vez a página.
As nossas escolhas moram entre o medo de errar e a necessidade de mudar.
Às vezes é necessário um fim, para um recomeço pleno.
Escrever é um dom. Não um dom de ser o "melhor", mas um dom de permitir-se expressar. Nem todos possuem tal capacidade.

Quanto ao tempo sem escrever: nossas vidas são compostas de fases, e às vezes é necessário dar um espaço de tempo à introspecção para não nos precipitarmos com as palavras.
Não se espante com esse tempo, mas não se prenda quando a volição de escrever lhe chegar
E a vida prossegue, com suas doses de dores e sua notável imperfeição perante os sonhos debelados.
É, as idas e vindas uma hora nos fazem mudar de foco!
A nossa prioridade deve ser "Nós".
Não falo de egocentrismo, mas sim que: jamais devemos nos desvencilhar do "amor próprio".
Não podemos nos permitir nunca ficar em segundo plano.
Desapego não é um momento, é uma necessidade para o amadurecimento.
É preciso criar laços em nossas vidas, e não multiplicar os nós.
O amor nunca se cala!
Transmuta-se em gestos, sorrisos, olhares, até que chegue o momento das palavras.
Eterno "embate"...
Quem vence na briga: a razão ou a emoção?
A resposta: "O que nos convém no momento crucial".
Acredito que um dos maiores labirintos inextricáveis, e na realidade o principal, é a mente humana.
É um emaranhado de acepções, com tendência à sofrer influências à todo momento.
Creio que jamais será decodificada em sua totalidade, pois somos seres situacionais, contingenciais, e também condicionados, mas não existe uma regra para definir sobre a nossa mente.
Nós não sabemos lidar com a morte, mas as lembranças e a fé que talvez julgamos ser "fraca" nesses momentos, ajudam a nos manter em pé, com o coração partido e uma dor indizível, permeada de lágrimas e indignação, mas isso é a vida; e podemos resistir, por mais que a vontade seja de crer que tudo terminou, que a tristeza nunca vai cessar, mas somos fortes para viver, apesar dos apesares que temos que enfrentar.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Nome: Sono
Função: Fugir de mim toda noite!
Às vezes eu páro e penso que deveria ouvir o conselho que meus pais me davam quando eu era pequena, de não falar com estranhos; mas eu ainda insisto em falar comigo mesma.
Eu trespasso meus limites, pois o que sinto transgride regras.
As pessoas que amamos, jamais morrerão em nossa alma, porque o amor é eterno!
O mal de quem gosta de filosofia, é que a mente é resistente ao repouso e repudia o comodismo de não pensar.
Muitos podem me considerar inconsequente em demasia por diversas conclusões ou pontos de vista, tidos como incoerentes, pois acredito que a grande maioria das coisas (senão todas), são movidas pelo empirismo, principalmente nossas acepções; ou, ao menos deveria ser desse modo.
As nossas verdades advém de nossos sentidos, nossas experiências, ou das situações pelas quais nos deparamos em nossa vida, e a fé muitas vezes revela-se superficial aos meus olhos. Creio que ela exista mas não em um modo pleno e tão significativo para os nossos atos.
É importante acreditar, ter esperança, mas é necessário cuidado para que a fé não seja um subterfúgio para viver o comodismo.
Por muitas vezes questiono sobre a correlação do tempo e da reciprocidade. Será mesmo que o tempo aliado à fé, traduz os resultados de nossos esforços? E essa questão entre o tempo de Deus e o nosso tempo?
Em meio à tantas inquirições, chego à conclusão de que o meu tempo é o que me basta. Atuo prudentemente, mas de acordo com o que guardo em mim como espelho para prosseguir. Creio que exista uma força maior acima, mas contenho minha independência, e, sobretudo, o meu tempo para definir meus atos.
Não acredito em auto-suficiência, mas acredito na capacidade própria das pessoas de agirem sem se apegarem na ideologia de que tudo depende de Deus. Se for assim, o meu tempo é banal, e eu sou um ser inútil que apenas se afigura num teatro já escrito. Só estou cumprindo meu papel nesse mundo vão e tolo.
Ora, então os homens que pensam e agem diferentemente para modificar sua postura, devem jogar todas as suas palavras ao léu, pois serão eternamente equivocadas e dispensáveis aos olhos de outros homens que dizem deter a consciência moral e dos bons costumes.
Me perdoem os religiosos, mas o mundo não se baseia tão somente na fé. A fé não é um princípio, mas apenas um meio para criar um conceito de sobrevivência.
Alguém sabe como se recupera os olhos da simplicidade, para poder descomplicar a vida?
Os pensamentos são como chamas acesas, mas é preciso alimentá-los para que continuem iluminados, perante às chuvas fortes e tempestuosas, as enchentes e à escuridão.
Cada pessoa é portadora dessa luz, o problema é que muitas deixam que a sociedade ainda cega, aniquile seus princípios, e admita mais "membros" à sua ideologia de que quem pensa não passa de um tolo.
Muitas vezes "não arriscar" é um pecado, pois é nessa ousadia que encontra o que tanto se procura!

domingo, 17 de julho de 2011

Não existe lado certo ou avesso... Apenas o nosso próprio lado.
É preciso ter coragem e cautela para ler e estudar Filosofia, pois toda vez que se volta para a realidade do mundo ou para a própria introspecção, muitas coisas transmutam-se em outras prioridades e sentidos.
É inútil tentar calar a minha voz.
As palavras de minha mente ressoam muito mais alto do que o meu sucumbir em calar.

Ninguém possui a capacidade de assaltar o âmago, quando o alvo está condicionado à ser nada mais do que a verdade que se é.