sábado, 27 de novembro de 2010

O que sinto é ilimitado. Minha liberdade foge de conceitos, ela é indefinível.
São as 'memórias indeléveis'. No entanto, o 'não esquecer', não significa prender-se à elas. São histórias no decorrer da nossa vida, mas o que nos faz caminhar é criar novos pensamentos, renovando os de outrora, aprendendo com o pretérito.
Por vezes é melhor cegar-se ao "mundo externo", para evitarmos de sermos acometidos de certos contágios alheios.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Não tenho o dom de ser limitada. Sou hermética e imprevisível.
Não me incite a ser assim ou de outro jeito... Não costumo fugir de mim mesma. Eu não fujo de minha inconstância.
Eu sou repleta de entrelinhas.
Nem sempre falo o que tu ouve...
Nem sempre é possível ouvir o que eu digo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Sempre vivo acuada entre dois mundos gritantes: o que sinto e o que penso, e o que questionam-me levando-me a inquirir... Nas demais coisas alheias, apenas assisto, mantendo-me firme aos meus propósitos, mas nem sempre saio ilesa de contraposições".
O grande homem é aquele que avista nas ínfimas coisas, grandes oportunidades, para quaisquer ocasiões.
Se eu soubesse quem sou eu, deixaria de lado as inquirições, dominaria as minhas emoções, dispensaria quaisquer exceções e compreenderia os corações.
Ninguém realmente conhece-se por inteiro. Não existe uma verdade absoluta. As situações vêm e transmutam os sentidos das emoções, que na maioria das vezes relutam.
O poeta é discriminado, e insano intitulado.
Apenas por ter o dom de avistar os dois lados.
Contundente e impudico.
Jamais em farsa procura abrigo.
O que o poeta sente
Alguém vem, incoerente
Cria uma irrealidade sem nexo,
E ainda transmuta-o em desconexo.
"Meu nome anônimo, um nome sem brilho, aos olhos alheio, apenas um vício...
Um vício imoral de subjulgar-me...
Um pensamento descomunal e disforme".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Não acredito em destino.
Destino é algo determinado. O futuro não pode ser premeditado, nem previsível, nem calculado, tampouco determinado.
Acredito que nossas atitudes podem transmutar certas realidades. O que vem após, na verdade, são as consequências do que plantamos... Nós quem trilhamos o caminho, a não ser que nos deixemos ao léu, tornando-nos estáticos. Aí sim culpamos o "tal destino".
Isso é apenas uma desculpa esfarrapada para nos pouparmos de agir.
De certo modo a liberdade ofende. Não falo de libertinagem, falo de liberdade mesmo.
Aquela, que nos permitimos.
A qual pensamos por nós mesmos.
A liberdade de pensar e agir, sem qualquer tipo de manipulação.
Diante de um mundo estereotipado, e invólucro à modismos, quem "permite-se", é considerado desregrado, insano e intransigente. Isso é triste, pois temos que aprender com o humanismo intrínseco... No entanto, confundem com abstratismo, pois via de regra, compreender os humanos exige cautela, e o que geralmente prevalece é o comportamento exacerbado e robotizado.
A paixão é algo forte, que possui um caminho ambíguo: Ou ela nos cega, nos ensurdece, ou nos leva à algo mais concreto.
O caminho que nos cega é efêmero.
Já o caminho concreto dá de encontro com o amor.
A paixão é um sentimento ávido, mas se não houver amor, ela jamais será sustentáculo para prosseguir pelo caminho".

sábado, 20 de novembro de 2010

Por vezes sinto-me indiferente à essa vida, pois vivo relutante contra as mazelas que me coagem... Tento esquivar-me da lugubridade, mas ela sempre acaba incitando-me à evasão...
Só queria estancar tudo isso... Não suporto mais ter que viver pela metade, e a outra metade anseiando ouvir um tom fúnebre ecoando em meus sentidos...
Acho que não sei viver, porque entrego-me em demasia...
Preciso voltar a respirar, meu sentidos sufocam-me agora... =/
Sim.... estou tétrica hoje....
Já não é mais novidade...
Basta apenas ler as entrelinhas invólucras ao meu limite ínfimo, destituído de compreensão..
Insanidade extrema??? ...
O meu sexto sentido costuma-se prenunciar... No entanto, apesar de insano e incongruente, por vezes ele atinge a razão...
Eu trespasso meus limites, pois o que sinto transgride regras.
Quando se perde o equilíbrio e a volição de prosseguir, tornamo-nos reféns ao léu... Desistir de nós mesmos é o mesmo que declarar um tom fúnebre de adeus.
Cada um sabe da sua dor. Cada um sabe sobre o seu consolo. Palavras podem amenizar, mas certas dores só estancam com o tempo... e muitas vezes, ainda assim, tornam-se memórias indeléveis.
Geralmente quem tem o poder de avistar as coisas mais simples, não se deixa ser afetado pelas coisas grandes.... O simples é o equilíbrio. Tudo o que é demasiado e tenta ocultar o simples, é envolto à superficialidade.
Em todas relações que estabelecemos sempre haverá barreiras. Visto que, primeiramente temos de ter consciência que, essas barreiras advém de nós mesmos, mesmo que sejam desconhecidas, ocultas. Logo, entende-se que, a relação entre as pessoas parte também da união de incógnitas, as quais buscamos a todo tempo... respostas para as inquietações...Inquirições versus as dúvidas... Sempre é tempo de descobrir. E é eterna essa arte de duvidar e temer.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que menciono deve conservar as àspas. Não vejo problema em assumir as minhas próprias palavras.
Um tempo
Um momento
Um encantamento
Um veemente vento...
Enfim...
Uma alusão
Uma confusão
...Apenas um pensamento.
Se ainda existe algum resquício de esperança, a fonte está oculta, longínqua de meus passos.
Vou me evadir de tudo, já que eu não faço diferença... Vou viver nesse meu mundo... Não me importo com que os outros pensam...
Preciso desligar-me das coisas terrenas... e voar para um lugar, onde eu possa encontrar-me comigo mesma.
Críticas não debelam-me. Transmutar é Preciso.
Já nem sei mais do que sentir Saudades... São tantos desencontros colecionados!
Sempre soube que no fundo, o meu "eu espectral" é partidário a um certo Ceticismo.
Alguém tem a fórmula contra a Insanidade? Se alguém conhecer, por favor me avise!
Tudo faz-se ilusório para mim... Ninguém quer nada tão sério como eu quero assim...
Por quê meu coração é Burro? Sou tola ao deixar-me debelar por este Insano!
Sou Hermética por essência, não debelo-me por tua Discrepância!
Passos dados em vão... Sempre retrocedem.
O que devo ser, se, mais nada quero ser?
Tudo bem se todos ao meu redor deixarem-me pelo caminho. Vivo abraçada à ausência, de mãos dadas à evasão.
Quebrando Paradigmas pra debelar a Monotonia...
Não importa o que pensam de mim ... Importa o que eu realmente sou!
Eu dissipo as pessoas que não me convém... Suas críticas não me debelam... Mas odeio ventríloquos...
Podes sussurrar teus sentimentos pelas palavras... eu os prescruto!
Senso crítico exacerbado?
Tua resposta dependerá de tua suscetibilidade, não sou adepta à persuasão.
Decisões versus Contraposições...
"Doa-se um coração"... Não quero mais esse Insano, Inconseqüente e Leviano aqui dentro".
Perdi os meus sentidos...
Que bom se fosse para sempre esse torpor.. Sofreria menos.
Fico me perguntando por que as pessoas se expõem tão absurdamente pelo ridicularismo. Princípios descartáveis... Esse mundo está as avessas...
Lamentávelmente os "discursos" mencionados envergonham a entitulação de "seres racionais"... Seria melhor ser considerado acéfalo irracional, do que ser um acéfalo racional.
Vou mudar o percurso no decurso da minha vida. Reencontrar algumas volições perdidas, desvendar um pouco de esperança. Sacudir a poeira da fé... enfim, adiante . Não vou unir muitas expectativas, mas prosseguir com a cabeça erguida. O que será, eu desconheço... Mas sei do meu apreço pelo que realmente se vale a pena.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Onde estou perdida, afinal? Ou oculta... Talvez distante...
Lamento ter nascido na época errada... Ou... ser considerada errada para muitos... Não sou imutável, mas meus princípios são...
Hoje estou indiferente à mim mesma. A falta de sentido ecoou-me nos ouvidos. Um silêncio envolveu-me, e estou perdida, sem saber sequer onde estou, ou para onde devo ir.
Incógnitas, inúmeras inquirições aturdem-me.
Grito calada.
Ouço meus sentimentos, herméticos. Poço fundo e estreito esse meu sentir... Arriscado tentar c
ompreender... Pode-se voltar mais confuso de quando se entrou.
Nunca descubro nada, vivo em meio às perguntas, e assim desvelo-me a cada dia com mais uma inquirição... Ser feliz é contraditório...
Amar de verdade torna-nos insanos... Pois o amor verdadeiro não pertence ao Senso Comum... O comum é ser superficial...
Transmutei-me em uma insana, em busca do concreto, mas improvável... Contraditório, não é mesmo???
‎... O pretérito faz parte da minha vida. No entanto, dou voz e asas para o presente...
Há hermeticidade muitas vezes, em estar disposto à assumir a condição da fragilidade..."Ser pedra" denota uma fortaleza, muitas vezes... camuflada..
Desprovida de egocentrismo... mas provida de essência e princípios..
Introspecção...
Dane-se o externo, o alheio... o desprovido de concretismo...
Só eu sinto, só eu mesma sei de mim...
A vida é envolta a decisões à todo o momento. Nada é pra sempre... São velhos paradigmas a serem quebrados... Ninguém fica estático... O retrógrado sempre depara-se com a mudança... Outrora foi-se.. resta-nos sempre as entrelinhas do Presente... e em nossas mãos, atos a construírem o futuro...

Pois é isso o que temo: Quando tudo segue uma regra, ou um padrão sistematicamente... Há algo de errado... Não sei se a problemática é comigo, por odiar modismos, ou minha visão acerca do correto incita-me a ver as imperfeições do Sistema......
As estrelas alinhadas possuem um foco... Tal foco pode ser um foco de direção errada... Prefiro todas espalhadas no céu, para desvendar os caminhos...
Lispector me entenderia... Creio que esse frisson que me faz sempre esperar algo de mim mesma é algo incessante... Sempre as entrelinhas do que escrevo são providas e invólucras de expectativas implícitas, das quais nem eu mesma sou capaz de desvelar... Eu escrevo para mim mesma... E mostro-me ainda oculta... As minhas palavras, muito embora expressas, são indizíveis.... Sempre espero o improvável... Sou hermética por essência...
Eu por vezes me confundo, se escrevo o meu sangue na dor, ou se respiro o aroma de compôr. Versos, textos, poesia. Não importa se não sou coerente, se até denoto ser intransigente. Não almejo ser comum ou até mesmo ser aceita. Eu sou eu ínfimamente, com este corpo e esta mente. Apenas quero ficar em paz. Na paz de expressar ... o que eu sinto, o que penso. Não almejo o desassossego de quem vive por um ardiloso intento.
Exceções... Longínquas do "common sense"...
O legal mesmo é quebrar paradigmas... Dane-se se te rotulam incomum ou insano.. Seguir regras e sempre os mesmos costumes é chato... em demasia...
Que pena que o sublime é efêmero...
São os "apesares" que nos movem... Independentemente para qual caminho...

Há uma distinção entre saber e conhecer...
Conhecer é algo que se aprende para viver... Sabedoria obtém-se ao longo da vida, dependendo do conhecimento que adquirimos e atitudes que decidimos tomar.

Nem sempre a disposição leva à prosperidade de sentir.. Muitas vezes nos cegamos pelos sentidos... Transmutamos as realidades em idealizações..