domingo, 13 de março de 2011

Todos os momentos são efêmeros, mas em contrapartida, muitos deles são indeléveis. Isso é inegável. A perseverança, talvez seja uma das poucas virtudes incutidas à uma parcela das pessoas, que não é fugaz.
Quanto às verdades, nenhuma delas é absoluta, porque a verdade é individual. Não é possível generalizar os conceitos, pois por mais que o cerne da questão seja o mesmo, as opiniões sempre terão disparidade de idéias, mesmo que em ínfimas partes.
Não é que as tristezas e as dores chegam apenas para as pessoas que são boas.
É que são essas pessoas que possuem a consciência e capacidade de saber que, apesar do sofrimento, sempre se cresce e se aprende algo.
Quem tem uma vida cômoda, desprovida de quaisquer sacrifício ou dores, onde tudo é fácil, não tem a dádiva de amadurecer, tampouco transmutar-se em alguém melhor, pois não possui o sabor da vitória, e sim, uma vida totalmente previsível, o que é ruim e contrário ao progresso, e favorável à estaticidade.
Algumas pessoas preferem esconder-se de si mesmas, atrás de máscaras.
Quando deparam-se com outras pessoas impudicas e livres, acabam se assustando pela liberdade com que elas expressam o que há de mais verdadeiro: os seus próprios sentimentos.
É impactante e hermético à outrem, quando se é partidário ao seu "eu", sem restrições, e independentemente de contraposições.
O julgamento é uma falsa armadura dos fracos que mostram ser fortes, mas que em seu âmago, são presos em suas masmorras psíquicas do medo de assumir-se como tal.
Deixo as entrelinhas por aqui...
Existem verdades que doem, mas precisam ser ditas. Em outras vezes, faz-se necessário calar.
Sem ofensas pessoais, nem generalizações, mas sinto e vejo que muitas pessoas vestem suas máscaras e cegam-se ao caos no seu entorno.
E o que é cego transmuta-se também em surdo, mudo, indiferente...
Por isso eu sei que incomodo.
Pode parecer abstrato, totalmente dispensável, ou talvez ainda, nas entrelinhas, algo para se pensar tudo o que falo ou escrevo.
Tudo bem, cada um é constituído de suas opiniões e seus próprios pontos de vista.
Mas uma coisa é fato: A cegueira social é uma doença que deve ser fortemente combatida.
Ser indiferente é contribuir de alguma maneira (direta ou indireta) para que ela se propague e acometa mais e mais pessoas.
Já dizia Sigmund Freud:
"Em última análise, precisamos amar para não adoecer."
Já passou do tempo das pessoas aprenderem a cultivar o que é concreto. Quase tudo é efêmero, com exceção apenas do amor.
As ilusões mundanas são constituídas de curto prazo. E no momento o qual, as vivemos, nos tornamos cada vez mais suscetíveis a crer num mundo utópico, longínquo da realidade.
Sonhar é bom. É preciso! Mas um sonho saudável, não um sonho que trespassa os limites humanos, ou que fere a condição da realidade.
É bom manter sempre as estruturas firmes do nosso pensamento, e os pés no chão. Para isso precisamos nos policiar em cada ato, em cada palavra, em cada gesto que atribuímos à outrem, e até sobre os nossos sentidos.
Somos seres imperfeitos, limitados, mas existe um parâmetro para que não nos deixemos desviar por caminhos que nos cegam, que nos deixam ao léu de viver, sem perspectivas. Esse parâmetro que falo, na verdade é uma fonte, é o amor de Deus.
Apesar de nossos erros, Ele sempre nos acolhe.
A escolha é nossa!
O que mais me irrita e me deixa desolada é o fato de que o homem, apesar de alcançar tantos subsídios para a sua inteligência e uni-los ao progresso, na realidade, os utiliza para um processo inverso e retrógrado.
Homem querendo ser Deus.
Homem sem limites para conseguir à custa de tantas outras pessoas, e por inúmeros meios ilícitos, corruptos, desumanos... o seu poderio desvairado.
O que é poder? Acredito que o poder é uma maneira equivocada e absurda que os homens encontraram, para mostrar que eles existem, pois têm sede de amor, sede de paz.. Mas o laço mais fraco se rompe em prol ao mal.
Nada que o homem fizer, nem toda a tecnologia e as suas descobertas mais incríveis, nunca o eximirá da sua condição de ser ínfimo, e suscetível à dor, ao medo, às incertezas. Todos somos IGUAIS.
Apenas o que nos diferencia uns dos outros são os meios mais árduos, ou mais fáceis que decidimos em nossas vidas para alcançar nossos objetivos.
O caminho mais árduo exige paciência, amor, determinação, humanismo.
Já o caminho mais fácil é aquele desprovido de quaisquer dificuldades. Mas lembrando-se que: se optar por este, deve-se usar muitas máscaras, e ser frio.
Mas toda ação, tem uma reação!
Que Deus olhe por todos nós, mas que sejamos conscientes das reações e consequências de nossos próprios atos.
Creio que todo 'discurso' pode ser construtivo (integrando-se nas opiniões alheias de maneira concordante ou divergente), pois sempre há reciprocidade nos pensamentos ou atos, ou seja, o feedback sempre existe, sendo bom ou ruim, ou até mesmo a sua ausência é representativa.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sinto Saudades de ser criança...
Algumas dores não poderiam jamais existir... e o tempo não poderia deixar que outro sentimento senão o amor, perpetuasse...
Não queria crescer e me tornar essa adulta tão consciente dos erros das pessoas... Queria saber perdoar como as crianças...
Crescer é mesmo inevitável... árdua missão!
Eu tento não chorar...
Mas se eu não chorar não serei eu mesma.
Não quero forjar minha real identidade,
Também, embora que, numa tentativa frustrada,
Tentar mascarar as minhas dores.
Mesmo que isso não importe para ninguém,
E mesmo que eu estanque esse meu grito,
Isso se reflete pelos meus olhos,
Transcorre pelas veias,
Até atingir o meu coração.
Talvez minha filosofia te incomode.
Mas acredito que de duas coisas, uma delas deve ser feita:
Deve-se dissipar esse incômodo de uma vez por todas;
Ou apenas parar e refletir se realmente o tal "incômodo", nas entrelinhas, não é algo que você mesmo, deva repensar e transmutar o cerne da questão.
Às vezes meu coração parece pedra,
Às vezes ele até se parte, e como o vidro, se quebra.
Mas não pense que eu apenas sucumbo,
Se me pisar eu também te corto.
Creio que seja possível acreditar em algumas verdades mesmo sabendo que estas, não são absolutas...
As verdades são variáveis interdependentes dos interlocutores, ou introspectivos de plantão...
Sendo isto, "Voluntário ou involuntariamente".
A inconsciência é involuntária. Algo que não temos controle.
Mas será que temos controle total da nossa consciência?
Uma revolução não precisa ser grandiosa e notória, para se obter êxito e admiração de outrem.
A revolução está dentro de nós mesmos. Basta apenas atingir o nosso âmago e nossos sentidos.
O verdadeiro reconhecimento dá-se à longo prazo. A fama não ultrapassa o efêmero e inconsistente.
‎"Sou o que sou, com todos os avessos de ser.
Sou a perfeição, sendo assim tão imperfeita.
Sou o tácito, sou a inquirição.
Sou inconstante, imprevisível.
Mas feita de alma e de coração,
Mesmo sendo um ego intangível.
Lamentavelmente as pessoas tendem mais à aparência do que à essência. Por isso suas vidas são superficiais e cheias de vazio.
O que, realmente deveria ser levado em conta são os verdadeiros atos, e não as máscaras, que em pouco tempo caem.
A realidade é que nunca sabemos qual é o nosso certo ou o nosso avesso de ser,
porque talvez eles não existam.
Todos os atos são atos. O pretérito esvaiu-se com o tempo.
O que dizem ser o "certo", talvez possa trazer mais consequências do
que a própria visão do suposto "errado". Nada é previsível e literalmente controlado.
Se nos ocultamos, se não sabemos bem quem somos não é certo nem errado.
É o que se é.